A combinação ou o acasalamento de raças de diferentes tipos biológicos, que têm por objetivo a maior eficiência na produção de carne, deve ser entendido como cruzamento industrial.
O cruzamento industrial permite:
a) aproveitar os efeitos da heterose;
b) utilizar as diferenças genéticas existentes entre raças puras;
c) aproveitar os efeitos favoráveis da combinação de características nos animais cruzados, resultantes na seqüência em que os animais são usados nos cruzamentos (complementaridade);
d) dar flexibilidade aos sistemas de produção, como no manejo e comercialização.
O tipo de estratégia de cruzamento a ser adotado vai depender, principalmente, dos “objetivos” do sistema de produção, além, é claro, do tipo de produto requerido pelo mercado.
Os cruzamentos podem ser do tipo:
1) Rotacionado: uso de apenas duas raças, segurando as fêmeas para reprodução, sendo estas acasaladas com animais da raça da mãe ou do pai (retrocruzamento);
2) Terminal: cruzamento entre duas raças, onde todos os produtos são destinados ao abate;
3) Rotacionado-terminal: usa-se duas raças para produzir o F1, e cruza-se as fêmeas F1 com uma terceira raça, onde os produtos, machos e fêmeas, são destinados ao abate.
Podemos citar também o cruzamento para formação de uma nova raça, também conhecido como “boi composto”, pelo qual diferentes raças com características desejáveis por determinado “nicho de mercado” (adaptabilidade, precocidade, peso adulto, resistência a parasitas, etc.) são utilizadas. Porém, vamos nos limitar a apresentar algumas diferenças entre os tipos de cruzamentos usados diretamente para a produção de carne.
Um dos grandes benefícios de se utilizar o cruzamento industrial é, justamente, explorar a heterose. Mas o que é heterose? É a mesma coisa que heterozigose?
Heterose e heterozigose: entendendo as diferenças
O vigor híbrido ou heterose representa a superioridade média de um animal cruzado em relação à média dos desempenhos dos pais, independente da causa. A heterose terá mais benefícios sobre características com baixa herdabilidade, como as características reprodutivas e as de adaptabilidade.
Isso quer dizer que as características do animal dependem muito mais do ambiente do que da própria genética.
A heterose também depende das diferenças genéticas entre as raças que estão sendo utilizadas. Isso quer dizer que quanto maior a distância genética entre as raças, maiores serão os benefícios da heterose.
Já a heterozigose é a quantidade de genes vindos de raças diferentes. Assim, ao se cruzar animais da raça Nelore com animais da raça Angus, a heterozigose é de 100%, pois 100% dos genes estão vindo de raças diferentes puras. O mesmo se pode dizer ao cruzar animais da raça Nelore com animais da raça Tabapuã.
No entanto, a heterose desses dois cruzamentos é muito diferente. Lembrando que a heterose consiste no quanto melhor é o desempenho dos animais F1 com relação ao desempenho dos pais de raça pura.
Por exemplo, considerando o peso ao desmame, o Nelore tem um peso médio de 180 quilos e o Angus, 250 quilos. Fazendo uma média das duas raças, chega-se a 215 quilos de peso ao desmame. No entanto, os animais F1 desse cruzamento têm um peso ao desmame de 250 quilos, devido á heterose. Assim, fazendo a diferença entre o peso dos animais F1 em relação à média dos animais parentais, temos: 250 - 215 = 35 quilos. Ao dividir esse valor pela média dos pais, chega-se ao valor da heterose em porcentagem:
O cruzamento industrial permite:
a) aproveitar os efeitos da heterose;
b) utilizar as diferenças genéticas existentes entre raças puras;
c) aproveitar os efeitos favoráveis da combinação de características nos animais cruzados, resultantes na seqüência em que os animais são usados nos cruzamentos (complementaridade);
d) dar flexibilidade aos sistemas de produção, como no manejo e comercialização.
O tipo de estratégia de cruzamento a ser adotado vai depender, principalmente, dos “objetivos” do sistema de produção, além, é claro, do tipo de produto requerido pelo mercado.
Os cruzamentos podem ser do tipo:
1) Rotacionado: uso de apenas duas raças, segurando as fêmeas para reprodução, sendo estas acasaladas com animais da raça da mãe ou do pai (retrocruzamento);
2) Terminal: cruzamento entre duas raças, onde todos os produtos são destinados ao abate;
3) Rotacionado-terminal: usa-se duas raças para produzir o F1, e cruza-se as fêmeas F1 com uma terceira raça, onde os produtos, machos e fêmeas, são destinados ao abate.
Podemos citar também o cruzamento para formação de uma nova raça, também conhecido como “boi composto”, pelo qual diferentes raças com características desejáveis por determinado “nicho de mercado” (adaptabilidade, precocidade, peso adulto, resistência a parasitas, etc.) são utilizadas. Porém, vamos nos limitar a apresentar algumas diferenças entre os tipos de cruzamentos usados diretamente para a produção de carne.
Um dos grandes benefícios de se utilizar o cruzamento industrial é, justamente, explorar a heterose. Mas o que é heterose? É a mesma coisa que heterozigose?
Heterose e heterozigose: entendendo as diferenças
O vigor híbrido ou heterose representa a superioridade média de um animal cruzado em relação à média dos desempenhos dos pais, independente da causa. A heterose terá mais benefícios sobre características com baixa herdabilidade, como as características reprodutivas e as de adaptabilidade.
Isso quer dizer que as características do animal dependem muito mais do ambiente do que da própria genética.
A heterose também depende das diferenças genéticas entre as raças que estão sendo utilizadas. Isso quer dizer que quanto maior a distância genética entre as raças, maiores serão os benefícios da heterose.
Já a heterozigose é a quantidade de genes vindos de raças diferentes. Assim, ao se cruzar animais da raça Nelore com animais da raça Angus, a heterozigose é de 100%, pois 100% dos genes estão vindo de raças diferentes puras. O mesmo se pode dizer ao cruzar animais da raça Nelore com animais da raça Tabapuã.
No entanto, a heterose desses dois cruzamentos é muito diferente. Lembrando que a heterose consiste no quanto melhor é o desempenho dos animais F1 com relação ao desempenho dos pais de raça pura.
Por exemplo, considerando o peso ao desmame, o Nelore tem um peso médio de 180 quilos e o Angus, 250 quilos. Fazendo uma média das duas raças, chega-se a 215 quilos de peso ao desmame. No entanto, os animais F1 desse cruzamento têm um peso ao desmame de 250 quilos, devido á heterose. Assim, fazendo a diferença entre o peso dos animais F1 em relação à média dos animais parentais, temos: 250 - 215 = 35 quilos. Ao dividir esse valor pela média dos pais, chega-se ao valor da heterose em porcentagem:
250 - 215 = 35/215 * 100 = 16% de heterose
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